Na época do Segundo Grande Despertar nos Estados Unidos no início de 1800, uma série de grupos religiosos se reuniram e chegaram à conclusão de que o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo não existia sobre na terra e nem nas inúmeras denominações cristãs. Eles acreditavam que uma reforma protestante não havia sido suficiente para corrigir os erros das igrejas ortodoxas cristãs. Muitas dessas pessoas tinham experimentado profundas experiências espirituais que as estava colocando no caminho da busca de uma restauração completa da igreja primitiva de Cristo. Algumas poucas igrejas foram formadas, o movimento campelista é um exemplo. Mas muitos desses candidatos tornaram-se os primeiros membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, casualmente apelidada de mormonismo por alguns. Eles reconheceram a Igreja de Jesus Cristo como o cumprimento de suas pesquisas e reveladoras experiências pessoais. Eles reconheceram a “Igreja Mórmon”, como a restauração completa que estavam procurando.

Joseph Smith, então um adolescente, não era um destes que acreditavam que uma restauração completa era necessária. Ele pretendia escolher uma das religiões cristãs já estabelecidas, os Metodistas era uma escolha provável. Alguns membros de sua família haviam se convertido ao Presbiterianismo, e este foi um dos motivos pelo qual ele foi ao bosque orar e perguntar a Deus a qual igreja deveria unir-se. O fato era que todas elas alegavam possuir a verdade tendo a Bíblia como sua fundação, mas mesmo assim eles não concordavam com vários pontos da mesma doutrina, por isso Joseph resolveu se dirigir a Deus. Sua família era cristã, e Joseph herdou vários conceitos gerais da cristandade, crendo na Bíblia e na trindade, na qual Deus, Cristo e o Espirito Santo são diferentes manifestações do mesmo ser.

Joseph foi pego de surpresa quando ele recebeu uma visão de Deus o Pai e Jesus Cristo em resposta a sua oração. Ele também não estava preparado pela maneira com que as pessoas reagiram quando ele afirmou que havia tido uma visão, especialmente quando descrevia os dois homens ressuscitados e cheios de gloria – Deus o Pai e Jesus Cristo – que praticamente eliminava o conceito da trindade. A perseguição iniciou-se até que ele foi martirizado.

Nesta visão, Cristo disse a ele que não deveria unir-se a nenhuma das igrejas existentes, expressando uma aversão especial para os credos que contradiziam sua natureza e causavam o tropeço de um grande número de sinceros cristãos. Jesus disse que Ele estava prestes a restaurar Sua igreja primitiva, com o poder e a autoridade para agir em Seu nome, e revelação que os profetas receberiam para guiá-la, e que Joseph seria o primeiro profeta. Logo após a primeira visão, Joseph foi visitado por um anjo, um homem ressuscitado chamado Morôni, o último profeta que liderou um povo decaído que outrora vivera no continente americano. Moroni o levou ao lugar onde estava depositado um antigo registro e pediu a Joseph que o traduzisse através do poder de Deus. A publicação do O Livro de Mórmon pavimentou a restauração da Igreja de Jesus Cristo.

Por que Deus escolheu iniciar a última dispensação dos tempos (período que antecede a Segunda Vinda) dessa maneira? Não teria bastado usar somente a Bíblia? Há muitas razões por que o Livro de Mórmon era necessário para o restabelecimento do Reino de Deus na Terra, e por isso precisava “sussurrar do pó” iniciando os últimos dias. E por que ele precisava ser publicado para começar.

O Livro de Mórmon é cheio de revelações de antigos profetas que viveram nos tempos do Antigo Testamento, e estes profetas previram muito claramente a futura vinda de Cristo. Eles compreendiam a natureza da expiação e de que a salvação somente é possível através de Cristo. Eles compreendiam a natureza da ressurreição, que praticamente não é abordada no registro bíblico. Eles profetizaram da vinda de Cristo e O chamaram pelo nome. (Se o registro do Antigo Testamento já continha o nome do Salvador, ele foi removido há muito tempo.) O Livro de Mórmon é uma segunda testemunha de Jesus Cristo. O Salvador visitou o povo do Livro de Mórmon após a Sua ressurreição. O relato de Sua visita é maravilhoso, ainda mais do que o relato do Novo Testamento. O Livro de Mórmon acrescenta o seu testemunho da Bíblia de que Cristo realmente nasceu de Maria, ministrou na Terra Santa, foi crucificado e ressuscitou nos concedendo a salvação, e é, de fato, o próprio Filho de Deus.

O Livro de Mórmon emana um espírito muito especial. Joseph Smith o chamou de o “livro mais perfeito.” Os Mórmons leem e estudam seriamente a Bíblia. Eles também leem e estudam a Pérola de Grande Valor e Doutrina e Convênios (uma coleção de revelações modernas), mas nada se compara ao banquete do espiritual do Livro de Mórmon. Esse mesmo espírito se manifesta a aqueles que sinceramente buscam saber se ele é verdadeiro e vem de Deus. Este testemunho está disponível para qualquer um que o leia – cada vez que ele ou ela o lê. O Senhor promete confirmar que o Livro de Mórmon é verdadeiro para aqueles que orarem a Ele pedindo, “nada duvidando”, esta confirmação. Isto significa que a pessoa está disposta a seguir a vontade de Deus à luz de novos conhecimentos – agindo e não somente sabendo.

Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, então Joseph Smith foi um profeta e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias também é verdadeira.

Eu li o Livro de Mórmon, procurando Deus, quando tinha quinze anos de idade. Eu sabia que a Igreja de Jesus Cristo era verdadeira no momento em que eu pus os pés em uma capela Mórmon e recebi um forte testemunho espiritual. Mas os missionários mórmons não me batizaram a menos que eu lesse o Livro de Mórmon e pedisse a Deus para saber se ele era verdadeiro, por que isso me proporcionaria uma âncora espiritual que me ajudaria a perseverar até o fim na fé. Eu amo o Livro de Mórmon e testifico que ele é o “livro mais perfeito.” Em que é de Cristo.